Zambelli estava lavando o cabelo quando foi presa na Itália, diz advogado

Zambelli estava lavando o cabelo quando foi presa na Itália, diz advogado


Zambelli presa na Itália: autoridades têm 48 horas para validar prisão
Carla Zambelli estava em seu apartamento em Roma, pintando e lavando o cabelo, quando a polícia italiana chegou para efetuar a prisão nesta terça-feira (29), segundo o advogado da deputada federal, Fabio Pagnozzi. Em seguida, ela pegou seus remédios e foi levada para a delegacia.
Segundo Pagnozzi, ela teria se entregado às autoridades, o que a Polícia Federal nega. Segundo ele, o objetivo dela foi a colaboração com a polícia e que ela busca não ser extraditada.
Em vídeo publicado no Instagram de Pagnozzi, Zambelli afirma que quer ser julgada na Itália e que, caso tenha que cumprir pena, que será no país.
Zambelli foi presa pela polícia italiana e, segundo a PF, houve intensa colaboração entre as corporações do Brasil e da Itália para efetuar a prisão.
Segundo a PF, Zambelli foi levada para uma delegacia italiana, e as autoridades locais têm 48 horas para decidir sobre validação da prisão e, depois, definir possível extradição.
O deputado italiano Angelo Bonelli afirmou em uma rede social que foi responsável por informar à polícia o endereço onde estava Carla Zambelli.
“Eu liguei para a Polícia Nacional para informar o endereço onde estava Carla Zambelli. Duas horas e meia depois, a polícia confirmou que ela estava no apartamento. Consequentemente foi aplicado o pedido da Interpol”, afirmou.
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Arte/g1
Em 14 de maio, Zambelli foi condenada por unanimidade pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica.
De acordo com a denúncia, a deputada orientou o hacker Walter Delgatti Neto a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Zambelli deixou o país pela fronteira com a Argentina e estava na Itália — a parlamentar tem cidadania italiana. Em junho, ela teve o nome inserido na lista de procurados da Interpol e teve condenação mantida pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Investigações
Zambelli também é investigada em dois inquéritos sigilosos no STF. Um deles, é o chamado “inquérito das fake news”, que apura a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros do Supremo.
O outro, o inquérito das milícias digitais, investiga a suposta participação da deputada em articulações golpistas após o resultado das eleições de 2022.