Trama golpista: Braga Netto tenta suspender interrogatórios, mas Moraes nega pedido

Depoimentos dos réus do chamado ‘núcleo crucial’ da organização golpista estão previstos para começar na próxima segunda-feira (9). O general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro
Isac Nóbrega/PR
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta-feira (5) um pedido da defesa do general Walter Souza Braga Netto que tinha o objetivo de suspender os interrogatórios de réus pela trama golpista.
Os interrogatórios do ex-ministro do governo Jair Bolsonaro e de outros sete réus – inclusive o do ex-presidente e o do delator Mauro Cid – estão previstos para começar na próxima segunda-feira (9) e podem se estender até sexta-feira (13).
Braga Netto tentava a suspensão dos interrogatórios alegando que outras testemunhas deveriam depor antes que os réus fossem ouvidos.
Entretanto, o pedido foi negado por Moraes, que disse não ver “justificativa legal” e nem “razoabilidade” na suspensão dos interrogatórios para aguardar o depoimento de testemunhas listadas em outros processos.
“[Testemunhas] que jamais foram consideradas necessárias, pertinentes e importantes pela defesa de Walter Souza Braga Netto, que, repita-se, poderia tê-las arrolado”, afirmou Moraes na decisão.