Presidente do União Brasil vê chance ‘muito remota’ do partido apoiar Lula na eleição de 2026

Antonio Rueda afirmou que sigla investe na pré-candidatura presidencial de Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Caso a ideia não prospere, maior probabilidade é de o União apoiar uma candidatura de centro-direita. Presidente do União Brasil vê chance ‘muito remota’ do partido apoiar Lula em 2026
Presidente do União Brasil, Antonio Rueda afirmou que considera “muito remota” a chance de o partido apoiar a reeleição do presidente Lula na eleição de 2026. A declaração foi dada em entrevista ao Estúdio I, da Globonews.
Questionado sobre a eleição presidencial do próximo ano, Rueda afirmou que a sigla está, neste momento, fechado com uma candidatura própria.
“Hoje a gente trabalha muito na pré-candidatura do Ronaldo Caiado, que é nosso governador de Goiás. Mas eu tenho uma convicção muito própria que, se a gente fosse tirar uma fotografia, acho muito remota a possibilidade de esse partido caminhar com o governo do presidente Lula”, disse.
Apesar de trabalhar com a possibilidade de uma candidatura própria, o presidente do União Brasil afirma que, caso a ideia não se concretize, a maior probabilidade é que estejam junto de uma candidatura mais à direita.
“O partido exerce uma democracia interna, mas hoje o termômetro do nosso partido é uma candidatura própria, de centro-direita. Esse é o tom que o União Brasil deve dar”, afirmou Rueda.
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Partido está na base do governo
O União Brasil possui três ministérios no governo Lula: Comunicações, comanda a Integração e Desenvolvimento Regional e o Turismo. O blog antecipou nesta semana que o União pressiona por mais espaço no governo federal e briga para ter a presidência dos Correios e Banco do Brasil.
No relato de petistas ouvidos pelo blog, o União Brasil conta com apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tirar o atual presidente dos Correios. Outro pretexto usado por quem defende que Lula ceda à pressão é que os Correios, por estar vinculado ao ministério das Comunicações, deveria estar sob comando do partido que comanda a pasta – justamente o União Brasil.
Segundo Rueda, o partido vai discutir a permanência ou não no governo Lula em agosto, quando será oficializada a federação do União Brasil com o Progressistas. O assunto será tratado depois das reuniões das executivas dos partidos com suas bases.
“Logo após esse momento, esse tema de entrega de ministérios vai vir à baila, tanto no União quanto no PP. E, a partir daí, a gente vai desenvolver se a gente vai continuar no governo e se nossos ministros, deputados filiados, continuarão”, disse Rueda.
Antonio Rueda, presidente do União Brasil, em entrevista para a GloboNews
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