Petrobras fará esforço para pagar dividendos extraordinários neste ano, diz Magda Chambriard

Petrobras fará esforço para pagar dividendos extraordinários neste ano, diz Magda Chambriard


Magda acrescentou que o pagamento dependerá do comportamento do preço do petróleo, que atualmente está em queda. Magda Chambriard, presidente da Petrobras, durante coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros de 2024
Rafa Pereira / Petrobras
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (18) que a empresa fará esforços para viabilizar o pagamento de dividendos extraordinários ainda neste ano.
“Tomara que a gente consiga, faremos muito esforço para isso”, declarou durante o encontro com a imprensa, no qual apresentou o balanço de um ano à frente da companhia.
Magda acrescentou que o pagamento dependerá do preço do petróleo, que caiu em abril após o anúncio do plano de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nos últimos dias, no entanto, os preços voltaram a subir em razão do conflito entre Irã e Israel.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou recentemente que o governo está em negociação com estatais para viabilizar a distribuição de dividendos extraordinários. Outra medida para aumentar a arrecadação seria a elevação das participações especiais.
Magda destacou que a Petrobras segue as regras do país, mas pontuou que, caso haja nova legislação nesse sentido, a empresa entende que a mudança deve afetar apenas contratos futuros, “não os que estão vigentes”.
Preços dos combustíveis
Sobre uma possível pressão nos preços dos combustíveis como consequência do conflito entre Irã e Israel, a presidente afirmou que a empresa não adota medidas abruptas e que, por ora, não há previsão de reajustes.
“Esse cenário de petróleo alto tem cinco dias, é bem recente. A gente só faz movimento quando vê uma tendência. Com cinco dias, não vamos fazer nada. Nossa formulação de preços é sólida.”
Margem equatorial
Chambriard também comentou o leilão de concessão de áreas de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, que atraiu o interesse de empresas estrangeiras.
“O interesse das empresas, seja a Petrobras, seja a Exxon, seja a Chevron, seja a chinesa que esteve lá na Foz ganhando bloco, mostra a confiança no Estado brasileiro. Botar áreas em licitação naquela região também mostra a segurança institucional brasileira”, disse.
“Para botar as áreas lá, nós tivemos que ter uma manifestação conjunta da ANP e do Ibama. Isso mostra solidez, mostra responsabilidade, mostra continuidade, segurança jurídica, e isso mostra uma certeza de que o país está indo em frente no que ele precisa ir em frente.”
Segundo a presidente, a sonda destinada à perfuração já está a caminho da Margem Equatorial. “O Ibama vai vistoriar e acreditamos que vai marcar a autorização para tratar do evento de início de perfuração. Estamos absolutamente preparados para essa perfuração”, disse.
O teste deve ocorrer em julho e a sonda deve chegar no final de junho. Ela destacou que a Petrobras arrematou as áreas prioritárias no leilão e que não houve qualquer restrição orçamentária para isso.
Exploração
A presidente também reforçou o interesse da empresa em ampliar a exploração de novas áreas de petróleo. “Nosso espaço para exploração está garantido qualquer que seja o cenário do preço do petróleo. O Brasil ofertou poucas áreas nos últimos 10 anos, exploração o que garante a nossa continuidade”, disse.
A diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, acrescentou que a Petrobras participará de outros leilões, “no Brasil e fora do país”. Ela mencionou ainda que a empresa avalia oportunidades na África e na Índia. “A empresa avalia todas as possibilidades”, concluiu.
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