Para defesa de Bolsonaro, voto de Fux pela condenação de Braga Netto reforça inocência do ex-presidente

Para defesa de Bolsonaro, voto de Fux pela condenação de Braga Netto reforça inocência do ex-presidente


Fux diverge e vota por absolver Bolsonaro de todos os crimes
Para a defesa de Jair Bolsonaro (PL) o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela condenação do general Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, reforça a inocência do ex-presidente.
Fux absolveu Bolsonaro de todos os crimes pelos quais é réu no STF. O placar é de 2 a 1 pela condenação.
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O entendimento é que essa posição de Fux fortalece a tese de defesa de que militares – e não Jair Bolsonaro – assumiriam o comando do Brasil caso o golpe desse certo.
Essa tese foi defendida por Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, em entrevista ao Estúdio i em novembro de 2024.
“Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro”, disse Bueno na ocasião. “Não tem o nome dele lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo.”
‘Bolsonaro não se beneficiaria do golpe’, diz advogado do ex-presidente
Na época, a entrevista caiu como uma bomba e Braga Netto ficou muito bravo.
O Punhal Verde e Amarelo era um plano que previa o assassinato d o presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes, e a criação de um gabinete de crise comandado pelos generais Braga Netto e Augusto Heleno, então ministros da Casa Civil e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Ele foi redigido pelo general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência da República, e impresso no Palácio do Planalto, segundo as investigações.
O ministro Luiz Fux
Eraldo Peres/AP