No Dia dos Namorados, Lula dá flores e beija Janja durante evento em Minas Gerais

Presidente participou de cerimônia em Mariana (MG) sobre Novo Acordo do Rio Doce. Dia dos Namorados é comemorado nesta quinta no Brasil. O presidente Lula beija Janja após dar flores à primeira-dama em homenagem ao dia dos namorados
Reprodução/Canal Gov
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu flores e beijou a primeira-dama, Janja da Silva, nesta quinta-feira (12) durante um evento em Mariana (MG) sobre o Novo Acordo do Rio Doce, homologado no ano passado (veja mais detalhes aqui).
O petista disse que o gesto foi uma homenagem ao Dia dos Namorados, celebrado nesta quinta-feira no Brasil.
“Uma coisa que eu quero fazer antes de começar a falar é o seguinte: hoje é um dia especial, é o dia de cada companheiro dar uma flor e um beijo na sua companheira, cada companheira dar um beijo no seu companheiro. É o dia de a gente abraçar quem a gente gosta, ama”, disse Lula.
“Então, eu queria, Janja, te dar uma flor. É singela, foi comprada sem dinheiro, mas é com muito amor que eu te dou essa flor em homenagem ao Dia dos Namorados”, completou o petista antes de beijar a esposa.
Vaias a prefeito
No evento, além de beijar Janja, Lula defendeu o prefeito do município, Juliano Duarte (PSB) de vaias vindas do público.
O prefeito foi vaiado enquanto tentava falar sobre as dificuldades que o município de Mariana vivenciou após a tragédia provocada pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco.
O presidente interveio e pediu que participantes não o hostilizassem e que guardassem as diferenças para o período eleitoral, mas não em um dia histórico para a cidade mineira.
Acordo de Mariana
Prefeito de Mariana (MG) é vaiado durante evento e Lula o defende
Às vésperas de o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, completar nove anos, o novo acordo de reparação dos danos causados pela tragédia foi assinado, em outubro de 2024.
As tratativas sobre a repactuação começaram há mais de três anos. A expectativa inicial era de que ele fosse assinado em 2021, mas impasses sobre valores e cláusulas adiaram a conclusão.
A barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015. Cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração destruíram comunidades e modos de sobrevivência, contaminaram o Rio Doce e afluentes e chegaram ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Ao todo, 49 municípios foram atingidos, direta ou indiretamente, e 19 pessoas morreram.
Em 2016, a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, firmaram um acordo com os entes públicos para a reparação dos danos e a compensação dos impactos causados pela tragédia, por meio da Fundação Renova. No entanto, as ações executadas até então são consideradas insuficientes.
Nove anos depois, mais de 100 famílias que tiveram que deixar suas casas por causa do colapso da barragem ainda não foram reassentadas. As instituições de Justiça também apontam problemas no pagamento de indenizações aos atingidos e na recuperação do meio ambiente.
Por isso, um novo acordo começou a ser costurado. Nos últimos meses, após discordâncias sobre o valor terem suspendido as conversas entre as partes, as negociações foram retomadas e aceleradas, sob mediação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).