Lula diz que Brics podem liderar novo modelo de desenvolvimento e pede ‘governança multilateral’ sobre IA

Lula diz que Brics podem liderar novo modelo de desenvolvimento e pede ‘governança multilateral’ sobre IA


O presidente Lula (PT) em discurso no Fórum Empresarial do Brics, no Rio de Janeiro
Reprodução/Canal Gov
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Lula deu a declaração durante a abertura do Fórum Empresarial do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro. O evento antecede o encontro de líderes do agrupamento internacional formado por 11 países.
Além do encontro com empresários, Lula deve se reunir neste sábado com representantes da Etiópia, Vietnã, Nigéria e Abu Dhabi. Também está prevista reunião com o primeiro-ministro da China, Li Qiang.
Cúpula do Brics
Chefes de Estado e representantes de países-membros e parceiros do Brics vão se reunir, entre domingo (6) e segunda-feira (7), em uma cúpula na capital do Rio de Janeiro.
A reunião é considerada o ponto alto da presidência do Brasil no grupo, que será exercida ao longo de 2025.
Entre os líderes que confirmaram presença, estão o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
A expectativa é que o encontro debata temas como combate à pobreza, financiamento climático, comércio e inteligência artificial. Uma das propostas é criar uma parceria para eliminar doenças ligadas à miséria e ampliar o acesso democrático a tecnologias.
Atualmente, o Brics conta com 11 países-membros e dez países-parceiros:
Membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia.
Parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
O grupo se define como um foro de articulação político-diplomática. O objetivo do Brics é fomentar a cooperação econômica e política entre os membros.
Segundo apurou a TV Globo, três chefes de Estado de países-membros não devem participar da cúpula: Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China) e Abdel Fattah al-Sisi (Egito).
O evento terá segurança reforçada, com Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e restrição de voos. O embaixador Maurício Lyrio, do Itamaraty, coordena os trabalhos como sherpa brasileiro.