Lula diz a TV americana que não quer ser refém dos Estados Unidos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17) em entrevista a uma TV americana que não quer ser refém dos Estados Unidos e que busca liberdade para o comércio internacional.
“Ninguém quer se separar dos EUA, ninguém quer ser livre dos EUA, o que queremos não é ser reféns dos EUA, queremos liberdade, não queremos ser reféns dos EUA”, afirmou Lula em entrevista à jornalista Cristina Amanpour, da CNN Internacional.
Lula afirmou ainda que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem demonstrado que não está interessado em negociar e que acredita poder fazer o que quer com as tarifas que tem imposto aos países.
Em carta endereçada ao presidente Lula em 9 de julho, Trump anunciou que elevaria a taxa do Brasil em 50% por ter uma relação comercial “injusta” com o país. Os dados oficiais, no entanto, mostram que os norte-americanos têm vantagem na balança comercial.
Arquivo: Presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Kazuhiro Nogi e Jim Watson/AFP
Além disso, o republicano citou Jair Bolsonaro (PL) e disse ser “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao ser questionado sobre as diferenças ideológicas com Donald Trump, Lula disse que não vê o presidente dos Estados Unidos como um político de extrema-direita e sim como o presidente eleito para representar o povo americano.
“Não vejo o presidente Trump como um presidente de extrema-direita. Vejo como o presidente dos EUA, ele foi eleito pelo povo americano”, afirmou Lula.