Equipe de Trump sobe o tom de ataques ao Brasil antes de Moraes decidir sobre recurso da defesa de Bolsonaro

A equipe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu o tom dos ataques e ingerência no Brasil antes de o ministro Alexandre de Moraes decidir sobre os recursos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar. E na semana em que o governo vai decidir o pacote de contingência para enfrentar o tarifaço americano.
No fim de semana, o conselheiro de Trump, Jason Miller, disse que não vai desistir nem parar até que Bolsonaro esteja livre, mensagem reproduzida pelo filho do ex-presidente, deputado Eduardo Bolsonaro. No sábado (9), o número dois da secretaria de Estado americana também fez ataques ao Supremo Tribunal Federal e ao governo Lula.
RELEMBRE: Governo brasileiro vê postagens dos EUA como novo ataque à soberania e à democracia
Embaixada dos EUA publica novas críticas com referência a Moraes
A expectativa é que Alexandre de Moraes decida sobre o recurso dos advogados de Bolsonaro nesta semana, enquanto a ingerência americana é rechaçada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A defesa de Bolsonaro pediu ao ministro a revogação da prisão do ex-presidente. Ou então que Moraes submeta o recurso ao plenário de 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, e não na Primeira Turma.
Dentro do STF, a maioria dos ministros concorda que havia tecnicamente motivos para a decretação da prisão de Bolsonaro, já que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares impostas a ele sobre o uso de redes sociais.
Os ministros entendem, porém, que não havia nada de muito grave cometido pelo ex-presidente e que o ideal seria distensionar o ambiente político do país. Moraes deve pelo menos submeter sua decisão aos demais colegas da Primeira Turma.
Enquanto isso, o governo Lula vai definir nesta segunda-feira (11) os últimos detalhes do plano de contingência para socorrer os setores mais atingidos pelo tarifaço de Donald Trump.
Neste momento, a equipe de Lula acredita que os Estados Unidos não vão adotar mais nenhuma medida comercial contra o Brasil, o que levou o governo a desistir de retaliar o governo americano.