Empresariado manda recado ao Centrão de que está irritado e quer distância de Bolsonaro

Empresariado quer distância de Bolsonaro e Eduardo
As atuações de Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), irritaram de vez o empresariado nacional, antes aliado do ex-presidente da República.
Empresários estão mandando recado a líderes do Centrão, afirmando total reprovação ao movimento liderado pelo deputado paulista, e já avisaram que querem distância de Bolsonaro.
Segundo um empresário, Bolsonaro e seus filhos estão “rifando” o Brasil em nome de interesses pessoais, quando um ex-presidente da República jamais deveria tomar esse caminho pelo cargo que ocupou.
Eduardo e Jair Bolsonaro em cerimônia de aniversário da Rota, em SP
TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A expectativa era de que o pai tivesse uma postura de maior responsabilidade diante da irresponsabilidade do filho, mas ele estaria mais preocupado com seu futuro do que com o do país.
“Estamos correndo o sério risco de perdemos um mercado importante para nossos produtos, tudo em nome de uma disputa pessoal. Todo mundo sabe o que aconteceu no país, eles fizeram uma aposta de risco e agora deveriam enfrentar as consequências”, disse ao blog um empresário paulista que, até pouco tempo, se colocava no grupo que apoiava o ex-presidente Bolsonaro.
Esses empresários estão aprovando a mudança de postura do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que agora está mostrando preocupação com o tarifaço de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros.
Governo Federal e Tarcísio de Freitas disputam ao redor de negociações do ‘tarifaço’
Antes, dizem, o governador errou totalmente. Agora, afirmam, ele corrigiu o rumo e está no caminho certo.
Segundo eles, Tarcísio de Freitas precisa sim se diferenciar da postura “radical e irresponsável” do filho do presidente, que conta com o apoio do pai.
Um empresário disse ao blog que é isso que se espera de um político que pensa no país e não nos seus interesses pessoais e do seu grupo político.