Em novo round pela dominância das redes, líder do Centrão ataca Comunicação de Lula, que responde

Em entrevista ao Em Ponto, Ciro Nogueira, presidente do PP, diz que governo fez campanha desleal contra o Congresso e insinuou irregularidade na relação com agências de Comunicação; “Não sei se é má-fé ou desespero” responde Sidônio Palmeira. Ciro Nogueira ataca Comunicação de Lula, que responde
A disputa pelo comando da narrativa nas redes sociais, estabelecida entre expoentes do centrão e aliados do governo Lula desde a derrubada do decreto que ampliava a alíquota do IOF, ganhou um novo capítulo.
Em entrevista ao Em Ponto nesta quarta-feira (9), o senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas e padrinho político do presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB), atribuiu à Secretaria de Comunicação da Presidência a responsabilidade pela enxurrada de vídeos com fortes críticas ao Congresso.
O senador chamou o episódio de “uma campanha desleal do governo!”. Ele ainda chegou a dizer que poderia estimular uma CPI para apurar as críticas ao Parlamento.
“E olha, eu estou alertando aqui para o escritor do governo. Essas agências que recebem recursos não aguentam a quebra de sigilo em uma CPI. Não aguentam a quebra de sigilo que vai pegar dinheiro para esses influenciadores que estão fazendo essa campanha. Estou avisando isso com muita antecedência.”
‘”Essas agências que recebem recursos não aguentam a quebra de sigilo em uma CPI”, disse Ciro Nogueira
Jefferson Rudy/Agência Senado
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sidônio Palmeira, reagiu. E sem baixar o tom.
“O senador Ciro Nogueira tem lugar de fala. Parece mais um porta-voz do BBB: das bets, dos bancos e dos bilionários. Não sei se age por má-fé ou por desespero”, disse Sidônio. “Depois de espalhar tantas mentiras e falsas acusações, inclusive na condição de ministro do Bolsonaro, agora decidiu fazer o mesmo com a comunicação [do governo Lula]”, disse.
O novo embate acontece horas depois da primeira reunião entre integrantes do governo Lula e a cúpula do Congresso desde a derrubada do IOF.
A reunião teria servido apenas para “nivelamento” das expectativas de parte a parte. E começou com os ministros avisando que Lula não recuará da defesa jurídica de seu decreto no Supremo.
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