De olho em 2026, Lula recebe Kassab e líderes do PSD para almoço no Alvorada

De olho em 2026, Lula recebe Kassab e líderes do PSD para almoço no Alvorada


Gilberto Kassab, presidente do PSD
Fábio Tito/g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quinta-feira (7), no Palácio da Alvorada, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, para um almoço que reuniu parte da cúpula da legenda.

Participaram também a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o deputado Antônio Brito (PSD-BA); o senador Otto Alencar (PSD-BA); e os ministros André de Paula (Pesca e Aquicultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura), todos do PSD. O encontro, realizado a convite de Lula, não constava na agenda oficial do presidente até a última atualização desta reportagem.

Segundo um dos presentes, o principal tema da conversa foi o apoio que o PSD tem dado ao governo na Câmara e no Senado. De acordo com essa fonte, não houve cobranças nem por parte de Lula nem de Kassab.

Rodada de encontros

A reunião faz parte de uma série de conversas que o presidente tem promovido para estreitar laços com partidos aliados de olho nas eleições de 2026.

Na semana passada, Lula recebeu a ala governista do MDB e, no dia seguinte, ministros e líderes do União Brasil.

O presidente tenta garantir o MDB na chapa de sua reeleição. Mas há setores da sigla que defendem apoiar um nome da oposição, como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o presidente do partido, Baleia Rossi, que não participou do encontro no Planalto.

Nos bastidores, dirigentes do MDB afirmam que Lula terá de oferecer espaço significativo ao partido para garantir o apoio, incluindo a vaga de vice-presidente. Um dos nomes citados para o posto é o da ministra do Planejamento, Simone Tebet.

União Brasil

Em relação ao União Brasil, Lula chamou ao Planalto os ministros Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) para saber se pretendiam deixar o governo.

Os três disseram ao presidente que querem permanecer nos cargos e que não concordam com o tom crítico adotado por dirigentes da sigla. O partido, comandado por Antonio Rueda, tem feito críticas públicas ao governo e ameaça deixar a base, movimento semelhante ao que ocorre no PP