Corregedor diz que Motta pediu para não politizar caso dos deputados que ocuparam o plenário

Corregedor diz que Motta pediu para não politizar caso dos deputados que ocuparam o plenário


O corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), afirmou nesta terça-feira (12) que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu “serenidade” e para não politizar a análise das denúncias contra os 14 deputados que participaram da ocupação do plenário na semana passada.
Segundo Coronel, o pedido foi feito durante um almoço “tranquilo e amistoso” entre os dois.
A ocupação do plenário da Câmara durou mais de 30 horas. O espaço foi ocupado por deputados de oposição em uma tentativa de impor a análise de propostas e em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Deputados defendem punição aos colegas que ocuparam a Mesa Diretora da Câmara
“[Motta pediu] Para que o regimento fosse respeitado, dando prazo para o contraditório e que o caso não fosse politizado”, disse o corregedor.
Motta também solicitou que a análise fosse imparcial, mas tratada com a gravidade que o episódio exige.
As queixas contra os parlamentares — do PL, PP e Novo — chegaram à Corregedoria nesta segunda-feira (11). Pela regra do rito sumário, criado na gestão de Arthur Lira (PP-AL), o corregedor tem 48 horas para opinar sobre pedidos de suspensão imediata antes mesmo da conclusão do julgamento no Conselho de Ética.
Oposição ocupa o plenário do Congresso
EVARISTO SA / AFP
Se Coronel não se manifestar no prazo, a direção da Casa pode decidir sozinha se há elementos para acionar o Conselho. O prazo máximo para a Mesa pedir a punição é de cinco dias úteis após o conhecimento do fato — no caso, até sexta-feira (15).
Coronel disse que pretende apresentar à cúpula da Câmara até quarta-feira (13) os pareceres dos processos e que alguns casos mais complexos podem exigir prazo maior, embora não haja previsão regimental para isso.