Brasil está sendo sancionado pelos EUA ‘por ser mais democrático que o seu agressor’, diz Haddad

‘O Brasil é um país que está sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor’, diz Haddad sobre EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (13) que o Brasil está sendo sancionado pelos Estados Unidos por ser um país “mais democrático” do que o norte-americano.
O ministro da Fazenda deu a declaração durante anúncio do governo de medidas de resposta ao tarifaço de Donald Trump.
Entre as ações, estão uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, adiamento da cobrança de impostos e compra de produtos por entes federativos.
“O Brasil é um país que tá sendo sancionado por ser mais democrático do que o seu agressor. É uma situação inédita e muito incomum no mundo um país que não persegue adversários, imprensa, escritórios de advocacia, universidades, imigrantes legais ou ilegais, e está sujeito a uma retaliação injustificável do ponto de vista político e econômico”, disse.
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Pacote de resposta
Haddad observa Lula falando durante evento que anunciou plano de socorro a empresas afetadas pelo tarifaço de Trump
Adriano Machado/Reuters
O governo apresentou a primeira parte do pacote de medidas para socorrer empresas afetadas pela cobrança de uma sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos.
A principal medida anunciada foi a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para auxiliar empresas impactadas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Entre as medidas, o governo está prorrogando, por um ano, o crédito tributário para empresas que importam para produzir.
O chamado “drawback” é uma das ferramentas para a redução de custos em operações de comércio exterior. O mecanismo foi criado para incentivar as exportações, permitindo a suspensão ou isenção de tributos na importação de insumos utilizados na fabricação de produtos que serão exportados.
Também em resposta ao tarifaço, Alckmin afirmou que as compras governamentais, de municípios, estados e da União, devem priorizar produtos fabricados por empresas afetadas pelo tarifaço de Trump.