Banco Central eleva Selic para 15% ao ano, maior patamar desde 2006
Ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa Selic estava em 15,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18) manter o ciclo de alta da taxa básica de juros e elevou a Selic para 15% ao ano.
Esse é o maior patamar em quase 20 anos – em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa Selic estava em 15,25% ao ano.
O mercado financeiro se dividia sobre o rumo dos juros após essa reunião do Copom.
A maior parte dos analistas, segundo pesquisa conduzida pelo BC na semana passada com mais de 130 instituições financeiras, acreditava que o cenário já possibilitava uma interrupção do ciclo de alta dos juros — em vigor desde setembro do ano passado. Foram seis aumentos seguidos da Selic.
No entanto, alguns bancos projetavam um novo aumento na taxa básica da economia – para 15% ao ano.
O Copom
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores da autarquia.
Em 2025, os diretores indicados pelo presidente Lula formaram maioria no colegiado, ou seja, eles serão responsáveis diretamente pela decisão tomada. Eles representam sete dos nove membros.
A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Entenda como age o BC
🔎A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.
Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.