Alcolumbre marca sessão remota, e Motta determina suspensão de oposicionista que impedir o plenário

Diante da ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado por parlamentares da oposição, os presidentes das duas Casas decidiram mudar a estratégia para garantir a continuidade dos trabalhos legislativos.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou na noite desta quarta-feira (6) que a sessão deliberativa de quinta-feira (7) será realizada de forma remota. A medida, segundo ele, visa evitar a paralisação da pauta e preservar o funcionamento da Casa.
“A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”, afirmou Alcolumbre em nota à imprensa.
Ele afirmou que não aceitará intimidações nem tentativas de desestabilizar o Senado:
“O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza.”
Alcolumbre citou como prioridade da pauta o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos.
Na Câmara, Motta convoca sessão e ameaça suspensões
Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) marcou uma sessão presencial para as 20h30 desta quarta-feira (6). Segundo comunicado da Presidência, qualquer tentativa de impedir o acesso ao plenário resultará em suspensão imediata do parlamentar envolvido.
Caso necessário, a Polícia Legislativa poderá ser acionada para garantir o cumprimento da decisão e a realização da sessão.
As medidas ocorrem em meio à escalada da crise política após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares aliados de Bolsonaro ocupam os plenários em protesto e exigem a pauta de três temas: impeachment de Moraes, anistia aos condenados do 8 de janeiro e fim do foro privilegiado.