Alckmin cita queda no preço dos alimentos e diz que tarifaço pode favorecer tendência

‘Agora acelera a negociação’, diz Alckmin após EUA oficializarem o tarifaço
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (31) que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode favorecer uma redução de preços dos alimentos no Brasil.
A declaração foi dada durante entrevista no Mais Você, programa da apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo.
Alckmin foi questionado sobre quais alimentos subiriam ou baixariam com a entrada em vigor do tarifaço. O vice-presidente disse que o preço de produtos como arroz, feijão, óleo de soja, algumas frutas.
“E caiu por quê? Porque caiu o dólar, o clima ajudou e a safra é recorde. Se a safra 10% maior, o preço cai, se é 10% menor, ele sobe”, respondeu. “A boa notícia é que há uma tendencia de queda do preço dos alimentos.”
Na sequência, Alckmin foi questionado especificamente sobre a possibilidade de queda nos preços da carne, café, frutas e peixes, alimentos que foram diretamente atingidos pela taxa de 50% que valerá a partir da semana que vem.
“É difícil, peremptoriamente, afirmar, mas é óbvio que você vai ter que colocar mais desses produtos aqui dentro”, disse ele.
“Agora, muito da exportação é complementar, não está deixando de atender o mercado interno. Você atende o mercado interno e o resto você exporta”, acrescentou o vice-presidente.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, durante cerimônia de assinatura de medida provisória que concede isenção da taxa de serviço metrológico para verificação de taxímetros.
Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo