Em entrevista ao The Washington Post, Moraes diz que não vai recuar ‘nem um milímetro’

Em entrevista ao The Washington Post, Moraes diz que não vai recuar ‘nem um milímetro’


Foto de arquivo: Ministro do STF Alexandre de Moraes em sessão plenária por videoconferência em 01/09/2021
Fellipe Sampaio /SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) deu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, divulgada nesta segunda-feira (18), e defendeu que não pretende recuar em suas decisões sobre o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na entrevista, o ministro afirmou que “não existe a menor possibilidade de recuar nem milímetro sequer”, apesar das sanções impostas contra ele pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido”, disse à publicação.
Lei Magnitsky, usada contra Moraes, tem como alvos ditadores e terroristas
Moraes foi sancionado pela Casa Branca com a Lei Magnitsky, usada para punir estrangeiros.
O governo norte-americano alegou que o ministro do STF promove uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, apesar da ação penal ocorrer conforme os trâmites tradicionais da Justiça brasileira.
🔎Segundo o governo americano, com a decisão, todos os eventuais bens de Alexandre de Moraes nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ele. O ministro também não pode realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA — usando cartões de crédito de bandeira americana, por exemplo.
Julgamento no STF
Na última semana, a Primeira Turma do STF marcou o julgamento do núcleo crucial da trama golpista, do qual participa o ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso será julgado entre 2 e 12 de setembro, conforme agenda divulgada pela Corte.
STF marca para setembro início de julgamento de Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe
Na entrevista, Moraes citou o julgamento e foi chamado pelo jornal norte-americano de “xerife da democracia”. O Washington Post também afirmou que os “decretos expansivos” do ministro reverberaram no mundo inteiro.