Brasil entra em semana decisiva do tarifaço sem receber nenhum sinal de vontade de negociar do governo Trump

Brasil entra em semana decisiva do tarifaço sem receber nenhum sinal de vontade de negociar do governo Trump


Valdo Cruz: Governo se prepara para reação de Trump após medidas contra Bolsonaro
A semana começa como terminou a passada. Tensa e na expectativa de novas sanções da parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra ministros do STF e contra o país, com a possibilidade de aumento no percentual do tarifaço de 50%.
Até agora não veio de Washington nenhum sinal de que as negociações serão retomadas.
Um negociador brasileiro disse ao blog que o Brasil “vai entrar numa semana decisiva, sem nenhum sinal de que eles querem verdadeiramente negociar” e, por isso, “a prorrogação do prazo pode ser o mínimo a ser conquistado neste momento”.
O máximo que o governo conseguiu foi acionar empresas americanas para tentar convencer Donald Trump a retomar as negociações.
O presidente Donald Trump
Annabelle Gordon/Reuters
Só que o secretário de Comércio, Howard Lutnick, avisou que as novas tarifas vão entrar em vigor para todos os países a partir de 1º de agosto. Não descartando que as negociações continuem.
Isso leva à avaliação da equipe de Lula de que Trump não irá recuar. Por isso, avalia que um adiamento do prazo poderia ser a melhor solução neste momento.
Aliados de Bolsonaro garantem que novas sanções contra ministros do Supremo e contra o Brasil serão adotadas.
Oito ministros do STF tiveram seus vistos de entrada nos Estados Unidos revogados. Somente Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux foram poupados.
O governo brasileiro está convencido de que Donald Trump decidiu colocar o componente político, para ajudar Bolsonaro, na busca de atingir seu principal objetivo: evitar que o Brasil tome medidas contra as big techs e que o STF recue nas já adotadas.
Só que o presidente Lula já avisou que, se for necessário acionar a Lei de Reciprocidade, a taxação de big techs está na mira.