Tarifaço de Trump: veja quais são os produtos que o agronegócio do Brasil mais vende para os EUA

Tarifaço de Trump: veja quais são os produtos que o agronegócio do Brasil mais vende para os EUA


Segundo dados de 2024, o produto do agro que é mais exportado para o mercado norte-americano é o café. Depois, vieram as carnes e os sucos, especialmente o de laranja. Trump anunciou tarifa de 50% aos produtos brasileiros nesta quarta, válida a partir de 1º de agosto. Trump anuncia taxa de 50% ao Brasil
O café lidera as exportações do agronegócio brasileiro para os Estados Unidos em valor, ficando atrás apenas de produtos florestais, como as madeiras, segundo dados do Ministério da Agricultura.
Em 2024, as vendas de café para os EUA somaram US$ 2 bilhões. Depois, vieram as carnes e os sucos, especialmente o de laranja, e produtos da cana, como açúcar e etanol. Veja mais abaixo.
Nesta quarta-feira (9), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros a partir de 1º de agosto de 2025.

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Brasil é maior fornecedor de café para os EUA
O Brasil é o principal fornecedor de café para os Estados Unidos e o país de Donald Trump é o maior cliente externo dos produtores nacionais desse grão.
Os norte-americanos não têm produção significativa de café dentro do país e, por isso, dependem da importação.
O Brasil detém 32% do mercado norte-americano do café, seguido por Colômbia (20%), Vietnã (8%) e Honduras (7%), conforme dados de dezembro de 2024 do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).
café
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Venda de carne do Brasil para os EUA disparou
Mesmo sob efeito do primeiro anúncio de tarifaço por Donald Trump, em 1º de abril, as vendas de carne bovina do Brasil para os EUA dispararam 498% em abril deste ano, em relação a igual mês de 2024.
As compras dos EUA já vinham crescendo em meses anteriores. De janeiro a abril, eles importaram 135,8 mil toneladas de carne do Brasil, um volume quase cinco vezes maior do que no mesmo período de 2024.
Segundo o presidente da da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, e o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a disparada de vendas aconteceu, na época, por falta de oferta de bois nos EUA em contraste com a alta demanda da população norte-americana.
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