Em dia de derrota histórica, Câmara tentou passar mensagem de que não fez apenas ‘maldades contra Lula’

Em dia de derrota histórica, Câmara tentou passar mensagem de que não fez apenas ‘maldades contra Lula’


Em dia de derrota histórica, a Câmara dos Deputados fez questão de aprovar propostas de interesse do governo para tentar passar a mensagem de que não fez apenas maldades contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sessão desta quarta-feira (25).
Ao fim dos trabalhos desta quarta, quando a Câmara impôs uma derrota histórica ao governo derrubando o decreto que eleva alíquotas de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o presidente da Casa, Hugo Motta, postou nas suas redes sociais falando das votações de interesse do presidente Lula.
Depois de citar a aprovação do projeto que revogou o decreto do IOF, Motta listou quatro medidas que, segundo ele, são importantes para o país, porque vão gerar empregos e aumentar o crédito no país, contribuindo para o crescimento da economia.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente Lula
Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo; Adriano Machado/Reuters
Ele lembrou que duas delas estão numa medida provisória que autoriza o governo a usar R$ 15 bilhões do Fundo Social em programas do Minha Casa, Minha Vida. Nela, foi incluída também a autorização para o governo leiloar excedente de petróleo e gás dos campos de partilha de produção, o que pode gerar entre R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões para o governo neste ano.
Hugo Motta citou ainda a aprovação da medida provisória que cria o crédito consignado dos trabalhadores do setor privado e o projeto de lei que eleva a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até dois salários mínimos.
Ao final do dia, porém, o governo não comemorava tanto assim a aprovação destas medidas, mas analisava a derrota do decreto do IOF. Em reunião com o presidente Lula, ministros disseram que o governo precisa judicializar a derrubada do decreto do IOF, mas o Congresso já está mandando o recado. Se fizer isso, o governo não vai conseguir aprovar mais nada no Legislativo.
– Esta reportagem está em atualização