Continência e cumprimentos: clima de cordialidade marca reencontro dos réus da trama golpista; FOTOS

Continência e cumprimentos: clima de cordialidade marca reencontro dos réus da trama golpista; FOTOS


Antes da audiência, delator apertou mão de Jair Bolsonaro e bateu continência para os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio. Réus acusados de tramar um golpe de Estado
Ton Molina/STF
O primeiro reencontro dos réus do chamado núcleo crucial da trama golpista, nesta segunda-feira (9), foi marcado por um clima de cordialidade, inclusive entre o colaborador, o tenente-coronel Mauro Cid, e delatados, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Anderson Torres.
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a ouvir, nesta segunda, os oito acusados de integrarem o chamado “núcleo crucial” da trama golpista.
Essa é a primeira vez que os réus da trama golpista estão frente a frente, e com o relator da ação penal, o ministro Alexandre de Moraes. Ao longo das investigações, Moraes proibiu que eles se comuniquem.
O Supremo Tribunal Federal (STF) montou um esquema especial para a entrada dos réus na Corte, evitando o assédio da imprensa. Eles acessam o local por uma entrada reservada.
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O primeiro acusado que chegou ao Supremo foi o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira. Na sequência, Bolsonaro. Os dois se cumprimentaram com um tapa nas costas.
O ex-presidente é apontado na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) como o líder da organização criminosa que atuou para garantir a permanência dele no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
Mauro Cid afirma que ‘grupos não eram organizados’
Logo após a chegada, Bolsonaro foi até o banheiro. No caminho, disse que estava tranquilo para o interrogatório.
O ex-presidente também cumprimentou Mauro Cid e trocou impressões com seus advogados antes do início da audiência. E falou com o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
Mauro Cid e Bolsonaro em interrogatório no STF
Ton Molina/STF
O delator ainda cumprimentou Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, com um abraço e mais um aperto de mão. No caso dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio, Cid apertou a mão e bateu continência. Nenhum dos militares está fardado.
Mauro Cid e Anderson Torres em interrogatório no STF
Ton Molina/STF
Os réus estão sentados lado a lado. Mauro Cid é o primeiro a ser interrogado porque fechou o acordo de delação premiada, o que tem o objetivo de garantir o amplo direito de defesa dos outros réus.
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Ao longo da fala inicial de Mauro Cid, Bolsonaro fez anotações em um papel e também tem falado com advogados.
Bolsonaro conversa com advogados antes de interrogatório no STF
Ton Molina/STF